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O terceiro levantamento realizado pela DATAGRO Grãos para a safra 2023/24 de soja da América do Sul estima uma produção de 215,314 milhões de toneladas, aquém das 222,343 mi de t apontadas no levantamento anterior, mas 10% superior ao volume colhido na safra 2022/23, de 196,199 mi de t (dado revisado); acima também do recorde registrado na temporada 2020/21, de 198,415 mi de t.

Para a área, prevê-se 68,825 milhões de hectares, um pouco acima dos 68,669 mi de ha apontados na projeção de dezembro. Em caso de confirmação, ficaria 6% superior ao recorde de 64,897 mi de ha colhidos na revisada safra 2022/23.

A produtividade média na região foi revisada para baixo, passando de 3.238 kg/ha para 3.128 kg/ha.

“Apesar do positivo uso de insumos favorecido pela retração nos custos de produção, o clima irregular complicou a evolução das lavouras”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos. “Com destaque negativo para as perdas no Brasil e na Bolívia, mas também com algumas limitações na Argentina e Uruguai”, complementa.

Ainda assim, o desempenho, se confirmado, ficaria 3% acima dos 3.023 kg/ha da também prejudicada safra do ano passado.

O potencial de produção do Brasil, maior produtor global da oleaginosa, é de 147,963 mi de t, recuo de 8% sobre o recorde de 160,834 mi de t registrado na safra 2022/23. Este é o 17º ano consecutivo de ampliação na área de soja, passando de 44,694 mi de ha para 45,520 mi de ha.

Na Argentina houve forte recuperação na área plantada após três anos consecutivos de intenso recuo, saindo de 16,000 mi de ha para 17,200 mi de ha, com a área a ser colhida de 16,800 mi de ha, ante 14,357 mi de ha na temporada 2022/23. O potencial de produção é de 50,000 mi de t, o que representaria crescimento de 127% ante a safra anterior.

Em relação à área colhida do Paraguai, a DATAGRO Grãos mantém a estimativa em 3,550 mi de ha, contra 3,415 mi de ha em 2022/23; o potencial de produção, em função do clima dominantemente regular, subiu de 10,990 para 11,150 mi de t, no somatório das safras de verão e de inverno, novo recorde para o país – foram 9,250 mi de t em 2022/23.

Para a Bolívia, o levantamento confirma um novo recorde para a área, passando de 1,571 para 1,605 mi de ha; porém, a produção foi reduzida do potencial de 3,771 para 2,691 mi de t, 16% abaixo da safra passada.

Para o Uruguai, projeta-se 1,350 mi de ha, incremento de 10% na comparação com a área plantada no ciclo 2022/23. Com clima regular, o potencial produtivo está previsto em 3,510 mi de t, volume 290% superior à sofrida produção do ano que passou, o que seria um novo recorde histórico.